Se você está considerando entrar no mundo do design gráfico e encontrou o curso do IEFP — Instituto do Emprego e Formação Profissional — provavelmente se perguntou se realmente vale a pena.
Eu passei por esse dilema também, e posso te contar que, depois de mergulhar no curso de Técnico de Design de Comunicação Gráfica, minha visão mudou completamente.
O curso não é apenas uma introdução básica às ferramentas gráficas. Ele é uma formação técnica certificada de nível 4, com 1375 horas de conteúdo, e tem um objetivo muito claro: te preparar para trabalhar na área com competências profissionais sólidas.

E olha, te garanto, tem MUITO conteúdo. Desde teoria do design até animação gráfica e práticas reais com ferramentas como Illustrator, edição vetorial, criação 3D, e marketing visual.
Se você está à procura de um curso de design gráfico gratuito, presencial e com certificação reconhecida, o IEFP é, sem dúvida, uma das melhores opções em Portugal. Principalmente em Lisboa, onde a oferta é bastante completa e bem estruturada.
Índice
Como é o curso Técnico de Design de Comunicação Gráfica
O curso que fiz foi realizado no Serviço de Formação Profissional de Lisboa. A formação segue o modelo EFA — Educação e Formação de Adultos — e exige idade mínima de 18 anos e o 12.º ano concluído.
As aulas são presenciais, com horário da tarde, o que permite conciliar com outras atividades ou mesmo com trabalho parcial.
O plano curricular é dividido em UFCDs (Unidades de Formação de Curta Duração), cada uma com carga horária definida e objetivos específicos. Só para dar uma ideia, alguns dos módulos são:
- Teoria do Design e da Comunicação Visual
- Publicidade e Marketing no Projeto Gráfico
- Criação de Gráficos 3D
- Identidade Visual e Branding
- Tipografia, Ilustração e Infografia
- Design para Multimédia e Redes
- Processos de Impressão e Pré-impressão
- Animação Gráfica
- Projeto Gráfico de Comunicação e Publicidade
- Prática em Contexto de Trabalho (210 horas!)
A diversidade de temas é absurda. A cada semana, temos um novo desafio visual e conceitual. E o melhor: os formadores não apenas têm experiência na área, mas também incentivam a criatividade e a experimentação, o que é fundamental no mundo do design.
Módulos, conteúdos e o que realmente se aprende
O curso do IEFP não se limita a ensinar programas gráficos. Ele te apresenta uma visão ampla do design como ferramenta de comunicação. Cada módulo é como uma peça de um quebra-cabeça que, no final, faz todo sentido.
Por exemplo, um dos primeiros módulos que tivemos foi sobre processos criativos e criação de cartazes.
E aí entra minha experiência: tivemos que criar um cartaz para um festival usando apenas formas geométricas.
Parece simples, mas não é. Eu sou bem perfeccionista — queria algo bem equilibrado, com uma composição harmoniosa.
No fim, acabei criando 15 cartazes diferentes, sendo que precisava entregar apenas 6. Levei horas até me decidir por dois que realmente me deixaram satisfeita.
Depois passamos para conteúdos mais teóricos, como História do Design Gráfico. A tarefa era escolher um artista de uma época específica, entender o contexto histórico e criar um cartaz para uma exposição fictícia das obras dele.
Escolhi um designer da época da Grande Depressão nos EUA, que trabalhava com revistas como a Vogue, usando colagens e manipulação de imagens. Foi incrível mergulhar nesse universo.
Além disso, o curso traz módulos práticos sobre edição eletrónica, web design, criação de portfólios, packaging e muito mais.
A cada etapa, novas ferramentas e técnicas entram no jogo: edição de imagens bitmap, vetores, identidade corporativa, e design para meios impressos e digitais.
Ferramentas, software e criatividade no dia a dia
No curso usamos vários programas: desde os clássicos da Adobe como Illustrator e Photoshop, até soluções práticas como Canva.
Sim, Canva! No início pensei que seria subestimado, mas para criação de conteúdos rápidos para redes sociais, ele é uma mão na roda.
Aliás, para as redes sociais, uso o Canva constantemente. Faço publicações para Instagram, Facebook, capas, banners e posts promocionais.
As ferramentas são intuitivas e rápidas. Muitas vezes, o que precisa é ter um bom template e uma ideia clara. Depois, é só adaptar ao público e ao tom visual da marca.
Recentemente, investi numa tableta gráfica compatível com o telemóvel — queria começar a desenhar com mais liberdade.
O problema foi encontrar um modelo que realmente funcionasse com iPhone. Depois de muita pesquisa, achei um que valeu o investimento. Ainda sonho com um iPad, claro, mas por enquanto, sigo com o que tenho.
Criatividade é uma constante. Seja no computador, no papel ou no telemóvel, o design exige atenção ao detalhe, estética e, claro, capacidade de resolver problemas visuais. Isso é algo que o curso te ensina sem que percebas — você começa a observar tudo ao redor com olhos de designer.
O trabalho além das aulas: redes sociais, cartazes e projetos reais
Uma coisa que percebi rápido: as aulas são só uma parte da formação. O resto acontece em casa.
Sempre tem pesquisa extra, exercícios complementares, revisões de trabalhos anteriores e brainstormings que parecem não acabar.
Eu costumo levar muita coisa para casa. Faço esboços, testes, estudo referências visuais… É realmente um curso para quem vive design o tempo todo.
Às vezes paro para assistir uma série, claro, mas mesmo vendo séries fico pensando nos elementos gráficos: os títulos, os créditos, a paleta de cores.
E os trabalhos práticos são muito próximos da realidade do mercado. Já criamos cartazes publicitários, identidades visuais completas, portfólios reflexivos, animações gráficas e até um plano de negócio fictício para uma agência de design.
Essa parte é essencial: além da parte visual, o curso traz noções de empreendedorismo, direitos autorais, propriedade industrial e técnicas de procura de emprego. Coisas que fazem toda a diferença quando se pensa em carreira na área criativa.
O que é preciso para entrar e quais oportunidades abre?
Para te inscrever, basta ter o 12.º ano completo e mais de 18 anos. O curso é gratuito, com certificado de nível 4 reconhecido em toda a União Europeia.
Isso é um diferencial enorme, especialmente para quem pensa em trabalhar fora de Portugal ou construir carreira em empresas internacionais.
O curso prepara para trabalhar em agências, estúdios, empresas de comunicação e marketing, ou até mesmo como freelancer.
E como temos a Prática em Contexto de Trabalho (estágio), muitos alunos já saem com propostas de trabalho ou, pelo menos, com portfólio real para apresentar.
Este curso é para você? Uma visão honesta desde dentro
Se você gosta de criar, de observar o mundo com olhos críticos, de misturar arte com comunicação e tecnologia, sim — esse curso é para você. Mas aviso: exige dedicação.
Não é só brincar com cores e formas. O curso cobra resultados, prazos, apresenta desafios técnicos e conceituais, e vai exigir que você estude, experimente, erre e recomece.
Mas também te dá espaço para crescer, para descobrir talentos que você nem sabia que tinha, e te dá uma base muito sólida para entrar no mundo profissional do design gráfico.
Para mim, tem sido uma experiência transformadora. Nunca mais olhei para um cartaz da mesma forma.
E, mesmo ainda estudando, já estou criando peças reais, construindo meu portfólio e sentindo que estou cada vez mais perto de atuar como designer de verdade.
Se quiseres saber mais, recomendo consultar diretamente o portal do IEFP ou visitar presencialmente o centro de formação em Lisboa.
Vale a pena conversar com os formadores, ver os trabalhos de alunos anteriores e sentir o ambiente. Porque no fim, design é isso: vivência, prática e paixão.
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