Se estás à procura de um curso de informática que te prepare para o mercado de trabalho e que te ofereça uma certificação válida, o curso de Operador de Informática do IEFP pode ser exatamente o que procuras.
Este curso insere-se na oferta de formação profissional IEFP do Instituto do Emprego e Formação Profissional, com dupla certificação — ou seja, no final obténs uma qualificação profissional (nível 2) e uma certificação escolar (9.º ano).
A grande vantagem? É um curso pensado para quem quer entrar no mundo da informática sem precisar de um background técnico avançado.
Desde que tenhas o 6.º ano completo e 18 anos ou mais, podes candidatar-te. É especialmente desenhado para adultos que desejam melhorar a sua empregabilidade ou mesmo iniciar uma nova carreira.
Este curso pertence à modalidade EFA B3 – Tipo A, ou seja, uma via de educação e formação para adultos com um percurso bem estruturado, dividido em unidades de formação que combinam competências técnicas com componentes socioculturais essenciais para a integração no mundo do trabalho.
Ao contrário de outros cursos mais curtos e limitados, o de Operador de Informática tem uma carga horária generosa de 1495 horas — o que é um sinal de profundidade e abrangência. Isto permite abordar temas fundamentais com o tempo necessário para realmente aprender e consolidar.
Índice
Quem pode inscrever-se neste curso de informática?

A acessibilidade é um dos grandes trunfos dos cursos IEFP. Para este curso em particular, não precisas ter terminado o ensino secundário nem possuir formação superior.
O requisito mínimo é ter o 6.º ano de escolaridade e ter 18 anos ou mais na altura da candidatura.
Esta formação é especialmente indicada para:
- Adultos em situação de desemprego que procuram reconversão profissional;
- Pessoas que querem reentrar no mercado de trabalho com competências atualizadas;
- Quem deseja iniciar uma carreira na área das tecnologias da informação.
Além disso, o curso decorre em regime presencial e laboral, o que significa que terás aulas durante o dia, ao longo da semana.
Isto pode ser um desafio logístico para quem já está a trabalhar, mas também é uma oportunidade para quem tem disponibilidade total e quer dedicar-se a fundo.
Dica pessoal: Antes de te inscreveres, investiga bem as disciplinas do programa. Uma boa leitura do plano de formação pode fazer toda a diferença.
Eu, por exemplo, percebi que havia módulos como “Folha de Cálculo – Funcionalidades Avançadas” ou “Administração de Redes” que nunca tinha explorado antes, e isso ajudou-me a decidir.
Duração, horário e modalidade do curso
Com uma duração de 1495 horas, o curso é pensado para ser completo e exigente. Estas horas incluem não só aulas teóricas e práticas em sala, mas também 120 horas de prática em contexto de trabalho (PCT) — um estágio obrigatório que te coloca diretamente numa empresa da área.
O facto de ser em horário laboral significa que exige disponibilidade durante o dia. As aulas normalmente decorrem de segunda a sexta-feira, em horário contínuo ou repartido (por exemplo, das 9h às 17h), dependendo do centro de formação.
Se estás desempregado(a) e inscrito(a) no IEFP, a vantagem é que podes frequentar o curso gratuitamente e ainda ter direito a alguns apoios sociais:
- Bolsa de formação
- Subsídio de alimentação
- Despesas de transporte ou alojamento (em casos específicos)
Esta estrutura torna o curso não só acessível, como uma oportunidade real de qualificação profissional gratuita, o que é raro fora do sistema IEFP.
Temário do curso de informática IEFP: o que realmente se aprende
O conteúdo programático é extenso e vai muito além da simples introdução à informática. O plano está dividido em UFCDs (Unidades de Formação de Curta Duração), com temas técnicos e socioculturais.
Componentes técnicas incluem:
- Informática – Noções Básicas
- Processador de Texto e Folha de Cálculo (básico e avançado)
- Sistemas Operativos (incluindo multitarefa)
- Redes de Computadores e Hardware
- Administração de Redes e Configuração de Redes Locais
- Criação de Sites Web
- Sistemas de Gestão de Bases de Dados (SGBD)
Componentes socioculturais incluem:
- Cidadania e Empregabilidade
- Cultura, Língua e Comunicação
- Matemática, Ciências e Tecnologias
- Competência Digital
Este equilíbrio entre as competências técnicas e transversais é o que diferencia este curso de muitos outros.
Estás a preparar-te não apenas para usar software, mas para compreender o funcionamento dos sistemas, gerir dados, comunicar em contexto profissional e até aplicar conceitos de cidadania digital.
Experiência pessoal: Sem bases não é impossível: embora não tenhas bases fortes em matemática ou física, é possível aprender se houver motivação e muito esforço.
Esta frase foi verdade para mim. O módulo de Matemática parecia assustador no início, mas com persistência, acabou por ser superável.
Certificação e saídas profissionais ao terminar
Ao concluir com sucesso este curso, recebes:
- Certificação Escolar: equivalente ao 9.º ano de escolaridade;
- Certificação Profissional: qualificação de nível 2 como Operador de Informática.
Estes certificados são reconhecidos oficialmente em Portugal e inseridos no Catálogo Nacional de Qualificações. Isto significa que tens algo concreto e válido para apresentar a empregadores.
As saídas profissionais são variadas, especialmente em áreas onde o uso de tecnologia é constante:
- Assistente de suporte informático
- Técnico de helpdesk
- Operador de redes e sistemas
- Empregado administrativo com competências informáticas
- Técnico de bases de dados a nível básico
Além disso, muitos formandos optam por continuar os estudos, seja numa especialização tecnológica (nível 5), seja numa via universitária.
Nota: O curso não é equivalente a uma licenciatura em Engenharia Informática, mas pode ser o ponto de partida para lá chegar. E é aí que entra a importância de comparar opções…
Comparativa: informática vs outras áreas como eletrotecnia
Se estás indeciso entre seguir informática ou outro curso técnico como Eletrotecnia, o ideal é fazer uma análise comparativa das disciplinas.
A informática foca-se mais na lógica, programação, redes, software e gestão de dados. Já a eletrotecnia envolve mais eletricidade, circuitos, energia e física aplicada.
Esta análise prévia evita frustrações. Se gostas de mexer em computadores, instalar software, configurar redes e resolver problemas técnicos, a informática é o teu caminho.
Se preferes trabalhar com circuitos, ferramentas e energia, talvez a eletrotecnia faça mais sentido.
Preciso de conhecimentos prévios para este curso?
Não. O curso foi criado a pensar em pessoas sem conhecimento técnico prévio. Começa-se pelas bases, com módulos como “Informática – Noções Básicas” e “Processador de Texto”, antes de avançar para temas mais complexos.
Claro que ajuda se já tiveres algum contacto com computadores ou redes, mas não é obrigatório. Mais importante que o conhecimento é a motivação. Há quem entre sem nunca ter mexido num Excel e sai a saber fazer folhas de cálculo avançadas.
Se tiveres dificuldades nos primeiros módulos, o IEFP costuma disponibilizar tutoria pedagógica ou apoio extra para ajudar a acompanhar o ritmo da turma.
Conselhos antes de te inscreveres num curso do IEFP
- Lê o programa de formação com atenção. Não te fiques apenas pelo nome do curso.
- Consulta a ficha de UFCDs no site do IEFP — há lá imensa informação útil.
- Vê vídeos de antigos formandos. Podes encontrar testemunhos no YouTube ou em redes sociais.
- Visita o centro de formação, se possível, e fala com um orientador.
- Confirma se há vagas no centro mais próximo de ti. A procura é grande.
E acima de tudo: não subestimes a exigência do curso. Embora não seja um curso superior, é intensivo, com avaliações regulares e presença obrigatória.
Vantagens de estudar informática no IEFP
- Formação gratuita e certificada
- Acesso a estágios reais em empresas
- Apoios sociais e logísticos
- Certificação dupla com validade nacional
- Possibilidade de progressão na carreira ou estudos
- Rede de centros de formação em todo o país
- Formação atualizada segundo o Catálogo Nacional de Qualificações
Além disso, os cursos IEFP têm uma forte componente prática, o que facilita a transição para o mercado de trabalho. Muitos formandos acabam por ser contratados na empresa onde fizeram o estágio.
Estudar informática no IEFP é uma excelente porta de entrada para o mundo das tecnologias, seja para quem quer uma nova oportunidade profissional ou simplesmente para adquirir competências digitais relevantes no século XXI. A chave do sucesso? Informação, motivação e empenho. Boa sorte!
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